As vezes é necessário criar um casulo e entrarmos de corpo e alma dentro dele, porque estar fora em certa etapa de nossas vidas não tem mais sentido. Quem não se perguntou: o por que estamos aqui? Qual a razão de tudo isso? Por que tem que ser assim?
Quem não saiu pelas ruas a olhar ao redor buscando sentido? Quem não saiu a buscar loucamente respostas em livros, pessoas, sinais? Quem não se alienou buscando nas drogas, no alcoolismo, nas "síndromes da modernidade" a fuga para si mesmo diante de milhares de respostas sem sentido para si ou milhares de perguntas não respondidas? Quem não riu de se urinar ou chorou de soluçar entre altos e baixos do dia a dia como perdido (a) na multidão?
E depois de tudo nada resta que o submarino, o poço, as síndromes, a anestesia. Aí mergulha-se num submarino que vai até o fundo do mar. Ah! Já desvendaram tanto o céu, mas as profundezas do mar ainda é um mistério, mas é pra lá que vamos nesta hora e sentimos dentro de um submarino e a pressão que ele sofre quanto mais desce. Ah! Por que não escolhemos subir aos céus, pelo menos as adjacencias o homem já explorou. Mas não, e lá vamos penhasco a baixo dentro de um submarino e mais e mais pressão. Uns se fecham, outros explodem, outros alucinam, outros se escondem, outros morrem, outros buscam fugas nas diversas maneiras que já descrevi acima. Uns ficam no fundo do mar até a próxima oportunidade... Retornam sem fôlego para a eternidade...
... Tenho pensado nisso nestes anos, e também não pensei em nada ocupando cada espaço do meu cerebro, minha alma com futilidades. Futilidades não doem isso aprendi e faz passar o tempo.
Na verdade o casulo é seguro como nosso quarto, nossa cama e quando acaso vem os pesadelos e os demônios internos veem nos atormentar só acender a luz e procurar um monte de coisas vazias para ocupar a mente. É aprendi a driblar os "demônios" e os "anjos" também.
O casulo também é seco, assim como uma rosa arrancada do pé, assim como uma alma sem horizonte e foi assim por anos ... Casulo ou Submarino? Não sei, acho que ambos são uma forma de concha onde a alma busca refúgio para não mais fugir de si mesma.
